Eu gosto dela, não maltrato ela, não desfaço dela, trato-a muito bem ! Fui à capela, me casei com ela, mas não reparei nos defeitos que ela tem:
O que mata ela é uma perna torta e a outra morta numa congestão... o braço seco que furou no prego, tem um olho cego e só tem uma mão. Não tem orelha, o que não é defeito, arrancou até o peito numa operação. Quebrou a espinhar e ficou marreca, ela é careca e só tem um pulmão.
Já foi operada de apendicite e de sinusite foi até feliz ! No pé do cabelo nasceu uma espinha e a coitadinha ficou sem nariz...
Já sofreu pneumonia, coitadinha dela, acendeu até uma vela, quase que morreu !
Desamparada ela não tem parente, ela não tem dente, porquê não nasceu.
Na cara dela tem uma queimadura, sofre de loucura e do coração.
Passou um vento e entortou-lhe a boca, ela é formosa e louca, é minha paixão.
Ela é formosa e louca, é minha paixão.
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sábado, 3 de janeiro de 2009
domingo, 23 de novembro de 2008
There Will Be Blood
Feriado ótimo, mesmo tendo que trabalhar na sexta por pouco tempo. Tudo perfeito demais e uma viagem no sábado, com uma necessidade excessiva de tomar sol. Mas, convenhamos, mesmo com o horário de verão não dá pra tomar sol as 20hs, o que proporciona uma reunião no chalézinho, e os casais (meus pais e um casal de amigos) entram nos assuntos mais diversos, que vão de AIDS à tornos. Entre eles, acabam falando sobre a guerra e eu tive que me retirar pelo motivo mais sem noção que poderia ser, aquela história que meu pai contou me lembrou um livro que li e os livros, fictícios OU NÃO, me parecem menos reais do que as histórias. Se o livro me fez chorar, você não pode imaginar como a história fez eu me sentir.
Segunda Guerra Mundial e todo aquele preconceito. Um italiano é feito de prisioneiro pelos alemães e fica preso junto com os judeus. Ele tocava acordeão e cantava, o que fez os judeus criarem um afeto por ele. Um belo (belo ?!) dia, os judeus começam a ser retirados e um guarda grita: ‘Deixem o italiano !’. Não que ele tenha entendido no momento, mas aqueles judeus nunca mais voltaram. E outras levas de judeus iam chegando e, quando o italiano fazia amigos, estes eram levados para o abate. É claro que, inteligentes como eles só, os alemães deixavam o italiano lá. Ele tocava, cantava e deixava os judeus mais calmos o que, é óbvio, era favorável para os alemães. Agora imagine aquele homem, no meio de dezenas de pessoas que ele sabia que em questão de dias estariam mortas. Mas ele nunca deixava de tocar acordeão. Ele fez uma promessa e, se saísse de lá vivo, dedicaria sua vida a Deus. Alguns meses depois, esse homem fugiu para o Brasil, no porão de um navio de alho. Hahaha, meses e meses dormindo no alho, comendo alho e cheirando alho, que delícia.
Se você quiser encontrar este homem, procure em São Paulo, na Zona Sul (dica) um italiano que faça artefatos de latão dourados para as igrejas, que toque acordeão e deteste alho. Ou me peça o endereço. E não se esqueça de ler A Menina que Roubava Livros.
Nunca gostei de coisas famosas então saibam que eu li antes de ir pro topo da lista dos mais vendidos !
Segunda Guerra Mundial e todo aquele preconceito. Um italiano é feito de prisioneiro pelos alemães e fica preso junto com os judeus. Ele tocava acordeão e cantava, o que fez os judeus criarem um afeto por ele. Um belo (belo ?!) dia, os judeus começam a ser retirados e um guarda grita: ‘Deixem o italiano !’. Não que ele tenha entendido no momento, mas aqueles judeus nunca mais voltaram. E outras levas de judeus iam chegando e, quando o italiano fazia amigos, estes eram levados para o abate. É claro que, inteligentes como eles só, os alemães deixavam o italiano lá. Ele tocava, cantava e deixava os judeus mais calmos o que, é óbvio, era favorável para os alemães. Agora imagine aquele homem, no meio de dezenas de pessoas que ele sabia que em questão de dias estariam mortas. Mas ele nunca deixava de tocar acordeão. Ele fez uma promessa e, se saísse de lá vivo, dedicaria sua vida a Deus. Alguns meses depois, esse homem fugiu para o Brasil, no porão de um navio de alho. Hahaha, meses e meses dormindo no alho, comendo alho e cheirando alho, que delícia.
Se você quiser encontrar este homem, procure em São Paulo, na Zona Sul (dica) um italiano que faça artefatos de latão dourados para as igrejas, que toque acordeão e deteste alho. Ou me peça o endereço. E não se esqueça de ler A Menina que Roubava Livros.
Nunca gostei de coisas famosas então saibam que eu li antes de ir pro topo da lista dos mais vendidos !
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domingo, 26 de outubro de 2008
De Volta Para o Futuro
Entre. Acomode-se. Aproveite o quanto puder. É, parece que estamos voltando no tempo, velas, flores, entradas fenomenais e vestidos estufados e tudo sem nenhum motivo concreto. A princesa espera pela plebe extremamente ansiosa, não se permitindo pensar num futuro próximo, onde tudo pode dar errado. Peguem seus convites, os jacarés estão na porta, esperando para comê-los vivos em qualquer deslize. No início, o castelo não parece muito apropriado para pessoas com nossa classe, mas percebemos um mundo novo abaixo de nossos pés quando a Família Real usa o 'abre-te sézamo !'. A maioria não tem um papel esclarecido ainda, com exceção da família da princesa, que nunca deixa de ser a família da princesa. Passados todos os cerimoniais e todo aquele puxa-saquismo costumeiro, sabemos que as coisas vão começar a acontecer, todos vão se libertar e mostrar um lado desconhecido. A parte prazeirosa da festa, onde todos se entregam aos compostos orgânicos que contém pelo menos uma hidroxila ligada a um átomo de carbono, às vezes composto de lúpulo, cevada e outros cereais. Todos dançam descontroladamente, esperando algo não-tão-inusitado acontecer. As pessoas começam a tirar suas máscaras e acabamos por descobrir muitos bobos-da-corte. Um deles na verdade é ela, mas nenhum dos outros conhece sua verdadeira ocupação, mesmo não sendo nada novo vermos uma meretriz bêbada. Sua primeira vítima é o principezinho, que também já não é mais uma criança inocente.Mas ela não pode parar por aí, apesar de fazer parte do núcleo de patrícios da princesa, a rameira parece não se importar com os sentimentos e pensamentos da amiga e nenhum dos outros Clientes e ataca mais uma vez. Sua vítima não usa a defesa nos primeiros momentos, a 'boba-da-corte' é rápida no gatilho, afinal, ele nem havia percebido a troca de parceira. Alguns instantes depois ele foge, sentindo-se culpado mas ainda bêbado demais para preocupar-se com isso no dia seguinte, ele é só mais um bobo-da-corte, afinal. Já podemos esquecê-lo agora. O que não esperava-mos, entretanto, é que mediante esses acontecimentos um dos nossos mocinhos se tornasse um palhaço real também. Espero que entorpecentes não sejam a causa, ele não mereceria. Nesse ponto da noite começam a aparecer as muitas damas-de-companhia, mas não posso esquecer de citar que a maioria delas era para um mesmo 'paciente'. Com a manhã se aproximando, a meretriz com muitas outras vítimas em sua lista, algumas amizades re-feitas e muitas desfeitas, com muito desperdício de álcool e muitas damas-de-companhia cansadas de fazer companhia um último acontecimento irrita alguns de nós. Desta vez a rameira exagera, quase fazendo atividades ilícitas com o príncipe dos príncipes, ou melhor, o príncipe da princesa. As damas-de-companhia agora se descobrem feitoras do bem e organizadoras da ordem e impedem uma grande briga. Tudo é um grande caos, mas não deixa de ser uma das melhores e possivelmente mais comentadas solenidades do ano. Agradeça por não ter sido convidado, você não seria mentalmente-preparado.
Ah, as festas de quinze anos...
Ah, as festas de quinze anos...
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