quarta-feira, 22 de maio de 2013

Pela cor que eu procuro em SP




Cai uma leve garoa na Avenida Paulista. Guarda-chuvas pretos por todos os lados, pessoas em vestes preto-amareladas com seus celulares nas orelhas e os pés fugindo das poças d'água. E eu, parada num ponto de ônibus, observando a fumaça cinza saindo de um ônibus laranja-acinzentado tento me encontrar. E, diferentemente das mais conhecidas histórias, consigo.
Paulistana nascida e criada no cinza, infelizmete levada a conhecer as cores pelo mundo afora. A São Paulo que já foi o amor da minha vida agora parece um one night stand de alguns anos atrás, o nome sempre fugindo da memória. Na verdade, São Paulo é como aquele primeiro amor, que faz todo sentido e parece ser a única razão da sua existência até você crescer e descobrir o que é amor de verdade, mas que deixa saudade por ser despertador e inocente.
Nem o vermelho das colunas do MASP consegue se destacar muito entre toda essa falta de cor. A poeira não deixa.

Talvez não seja bem a cidade, seja só eu. Talvez, se eu não tivesse a abandonado por um tempo, a cor ainda estivesse lá.
Mas, sinceramente, espero que essa cor nunca me volte. Eu sei que enquanto a cor volta meu mundo fecha.
E não há nada que eu queira mais que continuar vendo esse mundo preto e branco.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Em seu devido lugar

Pra alguém que tinha caído no esquecimento, você voltou rápido demais, incrível demais pra eu poder me preparar.
E me derrubou.


Falling, yes I am falling! [...] And other boys were never quite like this. Mmm mmm mmm, mmm!



Please, just don't overreact. It is just a song, I swear. You just caught me disarmed.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Primark

Muitas palavras, mas nenhuma faz sentido.
Muitos trabalhos, mas eles fazem menos sentido ainda.
E pouca vida, pouca pouca pouca vida! Vida que tanto me tomava um ano atrás, vida que eu faria de tudo pra ter outra vez.
Vida vida vida vida, que saudade!
Não que as Belas Artes não sejam belas, elas são. Mas minha cabeça não está pronta pra isso, não agora. Minha cabeça viaja, viaja viaja viaja viaja. Minha cabeça sente falta daquelas ruas, aqueles caminhos, aqueles cheiros, aqueles sons. Minha cabeça quer o preto, vermelho e amarelo e eu não sei se ela aguenta todos esses quatro anos.
Quatro quatro QUATRO anos.
Até eu poder ir de vez.
Até eu poder me encontrar outra vez.