segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Retrato

Provavelmente eu nunca escrevi nada tão direto como isso aqui. Sem duplo sentido, com um só destinatário.
Você é ridículo. Não existe nada no mundo que justifique o que você faz relacionado com o que você diz.
Eu nunca pedi nada além disso, amizade. Sair pra conversar é ótimo, melhor quando você tá sóbrio, juro (até porque, quando você não está nós não conversamos). Não, não que eu esteja reclamando de tudo o que já aconteceu, tô reclamando da sua hipocrisia. Você conseguiu minha confiança antes de eu te conhecer e me decepcionou logo no primeiro dia. Ok. Tava tudo bem, vários meses se passaram e no pior momento (provavelmente no único em que eu já precisei de você) você me desapontou. Sim, você pediu desculpas, eu aceitei, mas isso agora é inaceitável. Toda a pouca confiança que restava se foi junto com aquele vagão do metrô.
Você sempre soube que eu não gosto desse tipo de coisa e, provavelmente por isso, não me contou. Você já tem uma, Plexus. Não precisa de outra (ou outras, porque eu sei que são várias). Você pode trair quem quer que seja, mas não me coloca no meio disso. Você podia ter me contado, eu definitivamente não ia me importar, você ia continuar sendo meu amigo, aquele amigo de 3 anos atrás que eu nem conhecia mas era meu amigo. Agora nem sei se amigo você ainda é, mas provavelmente é coisa do momento. 
Eu nem sei se você ainda lê essa bosta de blog, na verdade eu nunca entendi o motivo de você falar comigo, eu sendo tão chata e tão pirralha.
E o álcool só estraga tudo, normalmente. Mas hoje ele me ajudou. Talvez, sem ele, você não tivesse me falado nada (nem tivesse aquela aliança no pescoço, né?).
Não queria deixar de ser sua amiga, você sabe que eu gosto do seu jeito aleatório de pensar. Só não espere nada de confiança.


Cansei, não consigo mais escrever de tão decepcionada e desanimada que fiquei. A Dilma só piorou tudo, e logo depois minha mãe. Eu vou dormir.




De perto eu não quis ver que toda a anunciação era vã. Fui saber tão longe mesmo você viu antes de mim que eu te olhando via uma outra mulher. E agora o que sobrou: um filme no close pro fim, num retrato-falado eu fichado, exposto em diagnóstico. Especialistas analisam e sentenciam: oh, não! Deixa ser como será, tudo posto em seu lugar. Então tentar prever serviu pra eu me enganar. Deixa ser como será, eu já posto em meu lugar num continente ao revés, em preto e branco, em hotéis. Numa moldura clara e simples soa aquilo que se vê.

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